1)
AUTONOMIA DA VONTADE E AUTONOMIA
PRIVADA
Ø Conceito:
as partes possuem liberdade de contratar ou não, conforme seus desejos e necessidades,
decidindo com quem contratar, o que contratar e o conteúdo do contrato
Ø Diminuição
da autonomia da vontade com relação a
§ Com
quem contratar ou o em que termos
·
Contratos com cláusulas
pré-estabelecidas
·
Existência de monopólios
Ø Morte
do Contrato em virtude dos contratos de adesão?
§ Posicionamento
de alguns doutrinadores
·
Falta da autonomia da vontade
§ Fala-se
ao certo em CRISE DO CONTRATO a partir da Revolução Industrial
Ø Por
conta da diminuição da autonomia da vontade Luigi Ferri propôs alteração do
nome para AUTONOMIA PRIVADA
Ø Autonomia
da Vontade x Autonomia Privada
§ Autonomia
da vontade pode conter vícios como a coação, sendo discutíveis seus efeitos
§ Autonomia
Privada é a declaração da vontade com a verificação dos interesses das partes e
da coletividade
Ø Delimitação
da Autonomia da Vontade e da Autonomia Privada
§ Equilíbrio
do contrato
§ Alcance
dos de terceiros determinados ou não
2)
CONSENSUALISMO
Ø Conceito:
só há contrato mediante a declaração convergente de vontades acerca do objeto e
do conteúdo
Ø Ausência
de convergência de vontade e conteúdo: inexistência de contrato
Ø Diante
do consensualismo cada parte assume a RESPONSABILIDADE CIVIL de reparar o dano
decorrente da inexecução da obrigação contratual
§ Patrimonial
§ Extrapatrimonial
3)
IGUALDADE
Ø Pressuposição
de Igualdade das partes na relação contratual
o
Verificação de desigualdades a
partir dos contratos de adesão
o
Hipossuficiência econômica ou
jurídica
Ø Necessidade
de reequilibrar a relação contratual
o
Interesse social nas relações
contratuais
Ø Busca
da Igualdade Real: utopial
o
Havendo desigualdade entre as
partes em um contrato deve-se procurar a solução mais justa para o caso por
meio de princípios
o
Busca a igualdade de direitos e
obrigações das partes
o
A lei não é capaz de distribuir
igualdade
§ Necessidade
de análise do judiciário
Ø Necessidade
de reequilíbrio da relação jurídica e adequação da situação
econômico-financeiro
o
Redistribuição proporcional à
obrigação contraída na formação do contrato
4)
OBRIGATORIEDADE E EXCEÇÃO DO
CONTRATO NÃO CUMPRIDO
Ø Conceito:
“Pelo princípio da obrigatoriedade (pacta
sunt servanda), deve-se assegurar o cumprimento do contrato, em todos os
seus termos, vinculando-se os negociantes para este fim.” (Roberto Senise Lisboa)
o
Contrato é “lei entre as partes”
Ø O
Princípio da Obrigatoriedade é Absoluto?
Ø Exceção
do Contrato Não Cumprido
o
Contratante que deixa de cumprir
sua obrigação alegando descumprimento da outra parte
o
É Cláusula Resolutiva Tácita
§ Descumprimento
integral: uma das partes não cumpre nenhuma das obrigações impostas, exonerando
a outra parte integralmente
§ Descumprimento
parcial
5)
INTANGIBILIDADE E INALTERABILIDADE
Ø Uma
vez celebrado o contrato busca-se a sua manutenção para que os contratantes
possam satisfazer suas necessidades
Ø Princípio
da Conservação do Contrato = Princípio da Intangibilidade ou Imutabilidade
Ø Busca
o cumprimento da forma estabelecida – pacta
sunt servanda
Ø Não
é princípio absoluto
o
Mutabilidade pode acontecer com aditamentos
contratuais
§ Ajuste
de vontades, conservando a relação contratual, modificando o dispositivo
previamente pactuado
Ø Regra
é imutabilidade
o
Revisão judicial dos contratos
(objeto de estudo ao fim do semestre)
§ Busca
do judiciário pela manutenção da relação jurídica contratual
·
Equilíbrio jurídico e adequação
econômico-financeira
6)
RELATIVIDADE DOS EFEITOS
Ø
Conceito: “Segundo o princípio da
relatividade dos efeito, o contrato tem seus efeitos limitados aqueles que o
celebraram (efeitos internos), isto é, a relação contratual se torna oponível
perante terceiros, não podendo vir a ser por eles questionada. (Roberto Senise
Lisboa)
o
Os contratantes tem o direito de defender o
contrato perante terceiros
o
Terceiros somente poderão opor-se ao contrato
em casos excepcionais, demonstrando interesse
7)
BOA-FÉ OBJETIVA E CONFIANÇA
Ø Conceito:
A boa-fé objetiva é verificada a partir da análise do cumprimento, ou não, dos
deveres impostos na relação contratual, sem a análise dos sentidos psicológicos
propostos pela boa-fé subjetiva.
o
Estende-se além das regras
impostas na lei e no contrato, sendo também aquelas obrigações naturalmente
impostas a qualquer pessoa
§ Direito
à informação
§ Dever
de veracidade
Ø Compreensão
da Boa-fé com o Princípio da Confiança, que é a legítima expectativa de conduta
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